1º Ciclo de Preleções em Direito Público começa na terça-feira

O  1º Ciclo de Preleções em Direito Público começa nesta semana. Essa é mais uma das novidades anunciadas pela PGE, por meio do seu Centro de Estudos Jurídicos (CEJUR). 

O convidado para o início das palestras magistrais é o ex-ministro da Justiça e atual Advogado-Geral da União, André Mendonça. O tema abordado será “Discricionariedade administrativa e controle externo (tribunais de contas e Judiciário): um eterno desencontro?”

A transmissão será na próxima terça-feira, dia 11, às 17h, no canal da PGE no YouTube. 

Agende aí para não perder! 

Fonte: Comunicação Setorial PGE

Na abertura do ENPF, palestrantes defendem simplificação da tributação no Brasil

No evento de abertura da VIII edição do Encontro Nacional das Procuradorias Fiscais, promovido pela ANAPE, os palestrantes convidados defenderam de forma unânime a simplificação do sistema tributário brasileiro. Com o tema “A Atividade Legislativa com o IBS: A Reforma Tributária Simplifica ou Complica”, os convidados da palestra inaugural abordaram as mudanças em debate no Congresso Nacional sobre a temática, como a PEC nº 110/2019, do Senado Federal, e pela PEC nº 45/2019, da Câmara dos Deputados, ambas tratando de reforma tributária. O ENPF deste ano, por conta da pandemia de Covid-19, está sendo realizado de forma online, com transmissão ao vivo pelo Youtube e Instagram da ANAPE.

“Este evento tem permitido já há alguns anos a troca de experiência e as práticas bem-sucedidas nos nossos Estados. Temos a convicção que o evento vai deixar uma boa bagagem de ensinamentos para quem participar das palestras e oficinas. São temas totalmente atuais e temos certeza que temos muito a aprender e muito a ensinar”, disse o presidente da ANAPE, Vicente Braga, na mesa de abertura do ENPF.

O Procurador-Geral do Maranhão e presidente do Colégio Nacional dos Procuradores Gerais dos Estados e do Distrito Federal (Conpeg), Rodrigo Maia, ressaltou a importância deste tipo de evento, não só para as PGE’s, mas para toda a comunidade. “Neste evento teremos a oportunidade de tratar de temas de grande relevo, não só para as carreiras de Estado das Procuradorias, mas também para a sociedade, especialmente de um tema que vai impactar muito intensamente as Procuradorias e os Estados de um modo geral, que é a Reforma Tributária. Eventos como esse são muito importantes para sublinhar isso, para que se discuta com a sociedade o papel relevante e abrangente que as carreiras desempenham na concretização dos objetivos que Constituição instituiu para o Estado e para a sociedade”, afirmou Maia.

Também participaram da mesa de abertura a 2ª vice-presidente da ANAPE, Cristiane Guimarães, a Diretora do Centro de Estudos, Ana Paula Guadalupe Rocha, e o Diretor de Comunicação e Relações Institucionais, Rodrigo Santos.

Palestra

Primeiro convidado a falar na palestra inaugural, o Deputado Federal Hildo Rocha (MDB-MA) apontou diversos problemas estruturais da legislação tributária brasileira. “Precisamos muito fazer mudanças mais profundas porque o nosso sistema tributário é ineficiente, arcaico, injusto, complexo, opaco e gera muita instabilidade jurídica. Estudos realizados pelo Fórum Econômico Mundial apontam o Brasil como o país com o sistema tributário mais ineficiente do mundo”, apontou o parlamentar.

Rocha falou sobre como a burocracia atrapalha o desenvolvimento do país. “Nos países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] os contribuintes levam, em média, 160 horas para cumprir com as suas obrigações tributárias. Já no Brasil, são 1.500 horas, depois de um grande trabalho feito pela Receita Federal. Nós temos um sistema que gera um elevado grau do litígio em matérias tributárias. Por isso, nós temos que realizar a Reforma Tributária”, afirmou o congressista, defendendo as alterações em discussão no Congresso. “Eu acredito que todos ganham com a Reforma Tributária. Assim, teremos mais empregos, aumento da riqueza nacional, mais investimentos e diminuição da desigualdade social”, finalizou.

Mediador da palestra, o Presidente da APESP e Diretor de Assuntos Legislativos da ANAPE, Fabrizio de Lima Pieroni, defendeu a regressividade nos tributos. “O sistema tributário brasileiro é muito complexo. Ele é ineficiente e gera muita litigiosidade. Essa proposta é uma proposta que simplifica, mas na minha opinião ainda não atinge o cerne da questão, que é a regressividade. Os mais ricos continuam pagando menos tributos que os mais pobres. Eu gostaria, como cidadão, ter um sistema tributário mais justo”, disse.

O professor da FGV-SP e Doutor em Direito pela PUC-SP, Eurico Marcos Diniz de Santi, fez coro junto aos convidados sobre o intrincado sistema de tributação adotado no Brasil e como isso impacta diretamente o ambiente de negócios.  

“Temos uma complexidade, em especial para as empresas, que tem que interpretar cinco mil legislações de ISS, 27 legislações do ICMS, legislação do PIS/Cofins, do IPI, e ainda tem que ficar de olho no Supremo para ver se algo vai acontecer, porque vai mudando a interpretação”, apontou.

“Um movimento é você resolver essa complexidade para trazer para o Brasil investimentos estrangeiros. A gente saindo da Covid não vai ter dinheiro público para investir em infraestrutura, para investir em indústria, para investir em educação. Agora, se a gente simplifica o sistema, vai ficar o melhor sistema tributário do mundo. Sem dúvidas, a gente vai criar ambiente de negócios, vai atrair investidor. Mas a gente tem que resolver a regressividade ainda”, defendeu de Santi.

Apesar disso, Eurico se mostrou otimista sobre a possibilidade de mudanças na legislação tributária brasileira. “Eu queria cumprimentar muito a sociedade de forma geral. Tem sido um show de participação, as confederações reagindo, o pessoal dos serviços, Zona Franca de Manaus, um debate profundo sobre a questão financeira. O grande desafio agora é a integração da PEC 45 com a PEC 110”, enfatizou.

A programação do VIII ENPF continua hoje e nesta terça-feira (11), com oficinas temáticas, exclusivas para Procuradores, e palestras, que serão transmitidas ao vivo pelas redes da ANAPE. Confira toda a programação na página do encontro – https://www.enpf.com.br/

Fonte: Anape

Em homenagem às MÃES

A maternidade é um desafio, e não é nada fácil conciliar a carreira profissional com a maternidade, ainda mais a carreira de Procuradora do Estado, que exige muito tempo no trabalho, leitura, foco em processos e estudos.

Nada disso é impedimento quando o desejo de ser MÃE grita! Para simbolizar a força das MÃES PROCURADORAS, seguem, abaixo, três histórias de mulheres que sempre tiveram a certeza de que todos os esforços valeriam a pena.

Cleonice Alves Cordeiro
Desde o início da Pandemia da Covid-19, ou seja, há 14 meses, Mariana convive com o marido e cinco filhas em casa. Dois adultos em Home Office e cinco crianças, com diferentes idades, diferentes demandas, diferentes personalidades, aulas on-line e brincadeiras restritas.

“Não é fácil conciliar, mas é um aprendizado diário para todos! Temos que entender que cada um de nós tem o seu espaço e suas prioridades. Ficou um tanto tumultuado porque são muitas interrupções durante o expediente, e ainda tivemos que completar com horários alternativos para concluir as tarefas, mas o lado positivo é o fortalecimento dos laços familiares, da disciplina e da colaboração. Isso é de extrema importância para mim, no trabalho, pois comando uma equipe, e para elas, que vão aprendendo desde cedo sobre respeito, sentido de comunhão e colaboração, para que tudo fique bem!”

Helianny Siqueira Alves Gomes de Andrade
Em 2012, Helianny já tinha dois filhos e tinha passado no concurso do Tribunal de Contas do Município, mas queria mesmo era a Procuradoria Geral do Estado (PGE). Quando enfim saiu o edital do esperado concurso, saiu também o resultado positivo da terceira gravidez. Durante a preparação, um descolamento de placenta e a recomendação médica de repouso absoluto. O jeito foi estudar deitada e contar com uma rede de apoio para cuidar dos outros dois filhos.

Cinco horas de prova, sentada e rezando para não sentir nada. Na segunda fase, eram três dias de prova, também com cinco horas de duração em cada dia. A terceira fase da prova coincidiu com o parto! O bebê nasceu em 19 de março e a prova oral foi no dia 23 de abril.

“E a Vitória tinha 34 dias quando fiz a última fase da prova que esperei a vida toda para fazer. E passei. Quando olho para trás, nem acredito que passei por essa turbulência toda num período tão importante da minha vida! Foi tudo uma graça de Deus!”

Aliny Nunes Terra Miranda
Aos 36 anos, Aliny descobriu um câncer de mama hormônio dependente e, conforme indicaram os exames, não precisaria de quimioterapia nem radioterapia. Mas, era necessário um tratamento que a colocaria numa menopausa química. Aos 40 anos, com autorização do oncologista, Aliny interrompeu o tratamento oncológico para tentar engravidar.

Procurou um médico especialista em reprodução humana e começou sua jornada de preparação para a Fertilização In Vitro (FIV). Levou 1 ano e 7 meses para engravidar, com uma FIV mal-sucedida durante esse tempo. Na sua última tentativa… POSITIVO! Benício nasceu em janeiro de 2019, quando Aliny já tinha 42 anos.

“Durante todo o processo, sempre acreditei em Deus, que preparou tudo, desde provisão financeira, os cuidados médicos e o apoio da minha família. Impossível não lembrar do quanto desejei esse momento e que ela parecia não ser mais possível para mim. Me lembro das orações e das lágrimas profetizando um berço num quarto ocupado por objetos sem uso. Em resumo, quando o Benício enfim chegou só consegui sentir uma enorme alegria e gratidão.”

PARABÉNS A TODAS!
FELIZ DIA DAS MÃES!

É o que deseja toda a Diretoria da APEG

APEG reúne-se com entidades representativas das carreiras jurídicas

O presidente da APEG, Claudiney Rocha, reuniu-se na tarde de ontem (06/05) com representantes de entidades que integram fórum que reúne entidades representativas das carreiras jurídicas no Estado de Goiás. Também participaram do encontro, realizado na sede da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, a presidente da Asmego, Patrícia Carrijo; o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), Pedro Caires; presidente da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), José Carlos Nery; e o presidente da Associação Goiana dos Defensores Públicos (AGDP), Allan Joos.

Os dirigentes discutiram pautas comuns às carreiras da justiça, tais como a reparação para o servidor que se submeteu ao teto previdenciário do regime geral tendo contribuído acima deste durante um longo período; o cenário atual, com pandemia de Covid-19; e a possibilidade de Goiás aderir ao Regime de Responsabilidade Fiscal.

“Faz-se fundamental a união entre os representantes das carreiras jurídicas em Goiás, tendo em vista que temos pautas comuns às nossas categorias. Ao dialogarmos, buscamos melhores alternativas e nos fortalecemos em busca da garantia e defesa de direitos e prerrogativas”, destaca o presidente Claudiney Rocha.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Antigos e novos fatos do IPVA em debate no ENPF

Para discutir sobre antigos e novos fatos do IPVA, o ENPF convidou especialistas da área para oficina temática.  O evento será presidido pelo Diretor de Comunicações e Relações Institucionais da ANAPE, Rodrigo Santos. 

Entre os assuntos que serão abordados na oficina estão a arrecadação, os impactos e desafios, além dos aspectos polêmicos envolvendo o imposto sobre a propriedade de veículos automotores junto às PGE’s.

Promovido pela ANAPE, o maior evento das Procuradorias Fiscais conta com conteúdo de excelência, oficinas sobre diversos temas e a participação de renomados palestrantes.  Esta edição será realizada em formato totalmente online, nos dias 10 e 11 de maio de 2021. Inscrições abertas em https://www.enpf.com.br/.

Fonte: Anape

Atualidades da gestão e cobrança do crédito nas Procuradorias é tema de oficina no ENPF

Atualidades da gestão e cobrança do crédito nas Procuradorias de Estado será a temática da Oficina 4 do VIII Encontro Nacional das Procuradorias Fiscais. A mesa será presidida pelo Diretor de Filiação e Convênios da ANAPE, Angelo Demetrius de Albuquerque Carrascosa.

Procuradores especialistas debaterão assuntos como métodos consensuais na cobrança do crédito nas PGEs, tributação e novas tecnologias, e processos na gestão e cobrança do crédito.

O maior evento das Procuradorias Fiscais será realizado em formato totalmente online, nos dias 10 e 11 de maio de 2021.

Não perca tempo e faça agora mesmo a sua inscrição aqui.  

Fonte: Anape

ARTIGO – Gestão democrática da cidade

Por Bruno Belem, Advogado, mestre em Ciências Jurídico-Políticas e Procurador do Estado de Goiás

Dirigentes de Goiânia e representantes do setor imobiliário discutem as propostas de modificação do Plano Diretor. O grupo de trabalho que foi formalmente constituído por decreto tem até o dia 19 de maio para elaborar relatório final com sugestões de adequação ao projeto. Neste contexto, algumas associações de bairro da capital e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo pediram um lugar à mesa, como noticiado pelo POPULAR. Se as discussões estivessem sendo realizadas por videoconferência, poderia ser dito que elas buscam um espaço na tela. 

A justa reivindicação está relacionada à gestão democrática da cidade. A expressão já está por demais desgastada, mas carrega consigo uma ideia muito poderosa, a de que a cidade deve ser resultado de um processo de planejamento, execução e acompanhamento que envolva a participação da sociedade civil.

Existem mais de uma dezena de rebuscados dispositivos legais que comprovam a necessidade de participação de associações representativas da comunidade no processo de desenvolvimento urbano. As normas vão desde a Lei Orgânica, passando pela Lei de Processo Administrativo, até o Estatuto da Cidade. Por outro lado, é de se esperar que os debates sejam encerrados, já que discussões intermináveis sem o devido encaminhamento prático não atendem ao interesse coletivo.

A direção da administração pública compete ao prefeito e a seus auxiliares. Em termos jurídicos, diz-se que a eles cabe o exercício da competência administrativa discricionária. Isto é, o gestor público pode decidir de acordo com critérios de conveniência (como fazer) e oportunidade (quando fazer), observados os limites da lei. Por isso, alguns dirão que o prefeito não é obrigado a constituir grupo de trabalho com tal ou qual composição para avaliar as sugestões de adequação do projeto.

Todavia, é razoável supor que, uma vez constituído o grupo, o chefe do Poder Executivo deveria ter garantido a participação equitativa de associações representativas dos segmentos sociais. O grupo de trabalho poderia continuar com a atual composição majoritária de agentes públicos, mas a isonomia deveria ter orientado o critério de seleção dos representantes da sociedade civil. Como medida de justiça, se poderia admitir a participação de dirigentes de associações de moradores, bem como de representantes de conselhos de fiscalização ou de instituições de ensino superior. Assim, o grupo contaria com pessoas dos setores de produção (incorporadores e construtores) e de usuários do espaço urbano (associações de bairros).

Embora a democracia não seja um fim em si mesma, ela é instrumento de concretização dos valores essenciais da convivência humana. Existe uma difícil e por vezes conflituosa relação entre democracia e eficiência. Sob a perspectiva econômica, compartilhar o processo decisório gera custos de transação. De outro ponto de vista, não raras vezes decide-se melhor por meio da deliberação de grupos de formação heterogênea. A lógica, neste caso, está em contrapor os vieses associados a cada grupo de interesse, de modo que, ao final, o agente público produza a melhor decisão possível.

As normas de direito urbanístico existem para qualificar como lícitas ou ilícitas as condutas tanto dos agentes públicos como dos interessados privados. Não é preciso buscar na legislação o fundamento jurídico para se admitir a participação de associações de moradores no grupo de trabalho de análise das modificações do Plano Diretor. Ou seja, não seria necessário saber se a conduta do prefeito é legal ou ilegal. Antes, o valor da gestão democrática, por si só, torna conveniente e oportuna a pretendida colaboração.

Fonte: Jornal O Popular

ARTIGO – 5G, antenas e municípios

Por Rafael Arruda, Advogado especializado em Direito Administrativo e Procurador do Estado

O leilão da internet 5G no Brasil está previsto para ocorrer ainda no 1º semestre de 2021. A tecnologia apresenta potencial para revolucionar a indústria de telecomunicações. E, como não poderia deixar de ser, a sua implantação no país tem atraído a atenção de grandes empresas e conglomerados mundiais de tecnologia, dado o enorme potencial de expansão da rede, sobretudo quando grande parte do território nacional sequer conta com a rede 3G, dada a deficiência de infraestrutura. 

O Brasil possui hoje pouco mais de 100 mil antenas instaladas. Para a tecnologia 5G, será necessário quintuplicar esse número, a fim de que um serviço de qualidade possa ser oferecido à população. Publicada em 2015, a chamada “Lei das Antenas” buscou facilitar o processo de licenciamento, instalação e compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações, com o propósito de torná-lo compatível com o desenvolvimento socioeconômico do país. 

É neste cenário que os municípios brasileiros terão um papel fundamental, já que lhes compete licenciar a instalação da correspondente infraestrutura de suporte em área urbana, o que, por evidente, vai depender da disciplina regulatória de cada ente municipal, umas complexas e burocráticas, outras mais simplificadas e céleres. 

Caberá, portanto, aos municípios dar guarida – e não representar um obstáculo – à implantação da tecnologia 5G no país, tão fundamental para diversos setores da economia, como a logística, a agricultura, a prestação de serviços, a indústria e por aí afora.

Em determinados municípios brasileiros, o tempo de tramitação de um processo administrativo de licenciamento para a instalação de antenas pode chegar a 3 anos, em percurso moroso e complexo. Já municípios mais modernos e tecnológicos, como o de Porto Alegre, dão exemplo de avanço administrativo e simplificação, por meio de um modelo de autolicenciamento para pequenas estruturas, em que o respectivo processo dura, em média, 1 dia. 

Como, porém, nem todas as cidades brasileiras contam com a mesma facilitação normativa e administrativa, cuidou o decreto federal que regulamenta a Lei das Antenas de estabelecer a figura do silêncio positivo: não cumprido o prazo de 60 dias para a emissão de licença para a instalação de infraestrutura de telecomunicação, a pessoa física ou jurídica requerente ficará autorizada a realizar a implantação da antena. 

Ou seja, o silêncio, a morosidade e a ausência de tempestiva resposta por parte do Poder Público municipal passam a produzir efeitos favoráveis ao requerente do ato de autorização, usufruindo de uma posição de vantagem perante a Administração. Com efeito, as novas tecnologias e o desenvolvimento econômico, intolerantes que são ao descaso administrativo, não podem ser reféns de autoridades municipais que nutrem pouco apreço por objetivos socialmente relevantes. 

Fonte: Jornal O Popular

ARTIGO – Fi-lo, porque qui-lo – Porque uma reforma administrativa não resolve uma crise política

A edição 249 da Revista Justiça & Cidadania traz artigo exclusivo da segunda Vice-Presidente da ANAPE, Cristiane Guimarães, sobre a Reforma Administrativa que está em discussão neste momento no Congresso Nacional. Confira abaixo a íntegra ou acesse aqui:

Toda reforma administrativa é fruto de processo histórico com dimensões proporcionais às crises. Aquela dos anos 1980, muito crítica às formas de intervenção ou regulação do Estado, deixou o legado do realismo para os anos 1990, de que se deveria abandonar a ideia conservadora do Estado mínimo para a necessidade de reconstrução.

A reforma do Estado dos anos 1990 envolvia quatro problemas, dois político-econômicos (a delimitação do Estado e a redefinição do papel do Estado-Regulador), um econômico-administrativo (a recuperação da governança) e, afinal, um político (o aumento da governabilidade).

As ideias de privatização, terceirização e a intervenção econômica do Estado no mercado estão nos dois primeiros problemas. A superação de crise fiscal, as formas de intervenção no plano econômico-social e a superação da burocracia administrativa do Estado, incluem-se no terceiro problema. Já a legitimidade do governo perante a sociedade e, especialmente, a intermediação dos interesses, adequadamente, pelas instituições políticas, têm morada no quarto problema.

Esses problemas foram mapeados pela equipe econômica da reforma administrativa de 1990 e de lá para cá, após 32 anos, a antever o caos advindo dos ares da nova reforma administrativa, o pressuposto do regime democrático deixou de ser o valor final.

Mas que modo de fazer reforma é este que se inaugura, pois não cuidou de identificar os reais problemas? Ao invés disso, buscou implodir a lógica dos mecanismos de controle da tríade – Estado, mercado e sociedade civil. Em especial, deseja-se com a dita “nova administração pública” dar fim ao sistema de controles do Estado, ao sistema de controle jurídico, constituído por normas gerais que estabelecem os princípios básicos para os demais mecanismos.

Pois bem, aqui se trata da deliberada intenção política de desfazer o marco natural do constituinte de 1988, que outrora desafiou o establishment e esculpiu a Constituição Cidadã esteada no Estado Democrático Social de Direito. É contra isto que se direciona a referida proposta de emenda constitucional (PEC), volta-se ao desmonte da administração pública, incidindo, especialmente, sobre seu leque de controles, ao invés de apurar a visão e conter o patrimonialismo e o aparelhamento de poder, tomando-se como exemplo, a novidade dos contratos de gestão com a transferência da execução de serviços públicos para entes subnacionais e entidades privadas.

Se o Estado é fundamental para promover o desenvolvimento e a justiça social e não somente o garantidor da propriedade ou da ordem, se o modelo do Estado social-liberal do Século XXI, encartado na Constituição, não serve mais à contemporaneidade e, supostamente, necessita de mudanças, que sejam apontados, aprioristicamente, os problemas.

Exatamente no que atine ao terceiro problema identificado na anterior reforma é que reside um dos maiores empecimentos da que brevemente está por vir – a ausência de legitimidade do governo perante a sociedade. Os primeiros desenhos e as pinceladas rarefeitas já contornam a obra da seguinte forma: as representações políticas do povo no parlamento estão enfraquecidas por interesses e jogos políticos motivados pelo rent seeking, combinados com a vontade de reeleição e o provável esfacelamento do corpo administrativo, antes composto da alta burocracia técnica e capaz, esvaziada, agora, com a proposta de eliminação do concurso, da estabilidade e fim do regime jurídico único, levando ao insucesso a governança, exatamente como mal alumia os termos da reforma proposta.

Mas então chegamos à dimensão política da reforma administrativa, esta que não poderia ter sido deixada de lado em nenhuma das recentes PECs, pois não estamos verdadeiramente diante de uma crise de Estado a ensejar a reforma administrativa que se apresenta, contudo estamos a encarar uma crise política, sendo esta sinônimo de crise de governabilidade.

Isto porque, o governante não é responsável pelo seu mandato apenas, mas também o é, perante sua consciência, e por isso, uma condição essencial da governabilidade é a responsividade com o eleitorado. Na perda de legitimidade perante a sociedade e na inadequação das instituições para o exercício do poder político, hoje impera o Fi-lo porque qui-lo! Ato de autoridade política dos mais desnudados das virtudes aristotélicas, que sequer teria o beneplácito da ignorância a absolvê-lo.

Seguimos com Bobbio, “Um representante sendo chamado a perseguir os interesses da nação, não pode estar sujeito a um mandato imperativo”.

Assim é de se questionar: uma reforma administrativa é necessária hoje? Qual reforma administrativa precisamos? Se o Estado serve para prestar segurança pública e prestar serviço público, uma reforma pode pretender trazer “piorias”, investir contra os mecanismos de segurança dessa prestação, a exemplo da estabilidade? Uma reforma pode abrir caminho fértil para eventuais abusos e atos de corrupção? Esta proposta segue em ataque frontal à sociedade brasileira, pois o que se espera do serviço público é este que seja realizado com eficiência por pessoas compromissadas com a coisa pública, independentemente do matiz ideológico do governo da vez. Por onde anda a razão da PEC 32? No achismo e afã politiqueiro dos Chicago Boys brasileiros?

Se uma reforma administrativa está imbricada à dimensão do problema que se deseja reduzir, não é através do discurso de redução do Estado, do desmonte do texto constitucional relativo ao serviço público nacional; não é abrindo deliberadamente folgas no que a Constituição petrificou, sob o argumento falacioso de redução de gastos, mas se voltando ao cerne do problema nacional, a sua crise de governabilidade.

Precisamos de melhoras na efetividade da prestação do serviço público, é fato. É preciso remodelar o serviço público, porque ele está para servir à sociedade, ora global, digital, dinâmica, contudo preservando a universalidade, impessoalidade e, sobretudo, profissionalizando-o. Não em deliberada chacina de seus princípios básicos como o lança chamas da bestial Quimera. A trajetória da PEC 32 é nesse sentir, completamente motivada por projeto de governo que ao impermanente pretexto de redução de gastos, cuidará mais uma vez de desconstruir o Estado, pois, a exemplo de tempos caóticos de outrora Fi-lo, porque qui-lo!

Fonte: Anape

DIFAL no STF é tema de oficina temática no VIII ENPF

Na primeira oficina temática do ENPF,  o Procurador Luis Claudio será o mediador do tema “DIFAL no STF”

Neste evento, especialistas abordarão ICMS e outros tópicos relacionados.  O VIII ENPF será realizado pela primeira vez em formato totalmente online, nos dias 10 e 11 de maio de 2021. Não perca tempo e faça já sua inscrição no maior evento das Procuradorias Fiscais do país!

Acesse https://www.enpf.com.br e garanta já a sua vaga! 

Fonte: Anape

Aspectos polêmicos do IPVA é um dos temas de oficina no VIII ENPF

Especialista em Direito Público e Membro do Grupo Gestor do Crédito Tributário da PGE-RS, o procurador, Rafael de Paiva Canesin, irá conduzir a oficina que vai debater os aspectos polêmicos do IPVA. 

As inscrições já estão abertas. Basta acessar https://www.enpf.com.br/ e garantir logo a sua vaga!

Fonte: Anape

APEG contrata GMPR como novo escritório de advocacia

A APEG formalizou esta semana a contratação de novo escritório de advocacia. A representação jurídica da entidade estará a cargo, a partir de agora, do escritório Gonçalves, Macedo, Paiva e Rassi – GMPR Advogados. O presidente, Claudiney Rocha, e a 1ª vice-presidente, Adriane Naves, reuniram-se hoje com dois dos sócios do escritório de advocacia, os advogados Marcos César Gonçalves de Oliveira e Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, atual presidente da OAB Goiás.

“A escolha da nossa Diretoria pelo escritório Gonçalves, Macedo, Paiva e Rassi para representar a APEG em suas demandas jurídicas se dá pela excelência técnica de seus sócios e de toda a equipe. A APEG estará, com certeza, muito bem representada, podendo atuar com segurança na defesa dos direitos e prerrogativas dos Procuradores do Estado associados”, frisa o presidente da APEG, Claudiney Rocha.

“É uma grande honra iniciar esta parceria com a Associação dos Procuradores do Estado de Goiás. Temos ciência da nossa enorme responsabilidade, pois representaremos uma das categorias mais respeitadas do nosso estado”, destaca o advogado Marcos César. “Assumimos esse desafio com humildade, honra, desejo de contribuir e com o absoluto compromisso de sempre oferecer o nosso melhor para valorização e consolidação dos direitos e prerrogativas dos Procuradores do Estado de Goiás”, diz.

De acordo com Marcos César, a relação do GMPR Advogados com a APEG será pautada por um constante compartilhamento de ideias, teses e estratégias, com o objetivo de obter os melhores resultados para a associação. “Representar a APEG sempre foi para nós um desejo, tanto pela importância, quanto pela credibilidade da categoria. Podemos, então, com alegria, dizer que este dia chegou”, completa o advogado.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Nota de pesar

A APEG manifesta profundo pesar pelo falecimento do Técnico em Gestão Pública, Genésio José de Souza, que atuava na Procuradoria Regional de Anápolis desde novembro de 2018.

Toda a Diretoria a APEG se solidariza com a dor de familiares, amigos e colegas de trabalho de Genésio neste momento de luto e despedida.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Tese de Doutorado de Diretor da APEG é eleita a melhor de programa institucional e é selecionada ao Prêmio CAPES 2021

A Tese de Doutorado “Terminação Consensual de Litígios Judiciais Envolvendo o Poder Público Estadual como Política Pública entre os anos de 2015 e 2019”, apresentada pelo Procurador Marcílio da Silva Ferreira Filho, atual 1º Secretário da APEG, foi eleita a melhor tese defendida em 2020, junto ao Programa de Doutorado em Direito do Centro Universitário de Brasília (Uniceub).

Após a escolha, a tese foi inscrita ao Prêmio CAPES 2021, que reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros de acordo com os seguintes critérios: originalidade do trabalho, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e o valor agregado pelo sistema educacional ao candidato. O resultado da premiação deve ser divulgado ainda este ano.

Marcílio Ferreira considera que a escolha do Uniceub e consequente indicação ao Prêmio CAPES se deram em razão da análise empírica e da importância prática da tese para os órgãos públicos, em especial para as Procuradorias Estaduais. “Analisei a consensualidade no âmbito dos estados, levantando dados como os números de transações, as câmaras de conciliação que foram instaladas e o que realmente estava funcionando ou não”, comenta.

Ele explica que com base em dados empíricos levantados em diversas fontes, seja com entrevistas, portais de acesso à informação, aplicação de questionários, foi feita uma sequência de sugestões que podem ser adotadas pelos Estados a fim de melhorar a consensualidade, a realização de acordos e implantar, de forma efetiva, uma política pública de consensualidade. “O diferencial desse levantamento e análise é a sua possibilidade de viabilizar essa política pública de consensualidade que funcione de maneira eficiente no âmbito da administração pública e com resultados práticos”, completa Marcílio Ferreira.

O Procurador Marcílio Ferreira está atualmente na Gerência do Centro de Estudos Jurídicos da PGE. Já atuou na Regional de Catalão, na Procuradoria Tributária, no Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos e no Patrimônio Público e Meio Ambiente. É Doutor em Direito, professor e autor de livros e artigos jurídicos.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

PGE institui Observatório sobre Nova Lei de Licitações e Contratos

A Procuradora-Geral do Estado, Juliana Diniz, assinou uma portaria e criou, no âmbito da PGE, o “Observatório sobre a Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos”. Conforme a Portaria nº 147/2021, o objetivo é acompanhar e incentivar estudos, pesquisas e discussões acerca da Lei federal nº 14.133/2021 – a nova Lei Nacional de Licitações e Contratos Administrativos. 

As atividades do “Observatório” serão conduzidas pelo CEJUR – Centro de Estudos Jurídicos da PGE e estão previstas a realização de reuniões técnicas, debates, encontros e a criação de grupos de estudos e pesquisas e elaboração de boletins periódicos. 

A iniciativa busca qualificar procuradores, servidores e estagiários de graduação e pós-graduação que lidam com essa temática em seu dia-a-dia de trabalho. 

Datas e atividades, assim que definidas, serão divulgadas no Instagram da PGE e também aqui no site. Fique de olho e participe!

Fonte: PGE