Reunião virtual com a Procuradora Valentina Jungmann é antecipada para as 16 horas de hoje (27)

A APEG informa que a reunião virtual agendada previamente para as 17 horas de hoje com a Procuradora do Estado Valentina Jungmann está sendo antecipada para as 16 horas em razão da live semanal da Procuradoria Geral do Estado de Goiás nesta quinta-feira. 

Para participar da reunião, clique aqui.

“Estarei expondo aos colegas Procuradores os motivos que me levaram a apresentar o meu nome para concorrer à Presidência da OAB Goiás. Quero também ouvir propostas e ações a serem adotadas visando a valorização da carreira. Tenho a certeza de que com uma Procuradora do Estado na Presidência, teremos sim uma OAB mais próxima da Advocacia Pública”, adiantou Valentina Jungmann.

“Antecipamos a reunião para as 16 horas para que não houvesse conflito de agenda com o projeto Diálogos Relevantes da PGE, coordenado pelo colega e chefe da Cejur, Procurador Rafael Arruda. Assim, contamos com a presença de todos para conversarmos sobre o futuro da OAB”, destaca o presidente Claudiney Rocha.

Com mais de 30 anos dedicados à carreira jurídica, Valentina Jungmann é Procuradora do Estado de Goiás, ex-presidente da APEG por dois mandatos e Conselheira Federal da OAB, é mestre e doutora em Direito pela PUC-SP, professora da PUC e UFG e autora do Projeto Paridade Já.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

”Diálogos Relevantes” fala sobre Políticas Públicas

O “Diálogos Relevantes” desta semana vai receber o Cientista político e professor da UFG, Dr. Robert Bonifácio. Com ampla bagagem na área, nosso convidado também é doutor em Ciência Política e conselheiro da Fundação de Pesquisa (FUNAPE). Além de membro permanente dos Programas de Pós-Graduação em Ciência Política e em Direito e Políticas Públicas. 

Com o Procurador do Estado Rafael Arruda, ele vai conversar sobre o tema: “Políticas públicas – evidências e avaliação”. Você já pode participar deixando seus comentários e dúvidas sobre o assunto, lá no post do Instagram. 

A live será transmitida no Instagram hoje, dia 27, às 17h. 

Não perca! Vai ser um momento bastante proveitoso.

Fonte: Comunicação Setorial PGE

Presidente da APEG se reúne com representantes da Casa Civil

O Presidente da APEG, Claudiney Rocha, participou na manhã desta quarta-feira, 26/05, de uma reunião com o Secretário da Casa Civil do Estado de Goiás, Alan Farias Tavares, e com o Superintendente de Legislação, Atos Oficiais e Assuntos Técnicos, Jorge Pinchemel. Em pauta, o cenário político e os temas prioritários de interesse da categoria.

“A força de uma categoria se dá pela importância do seu trabalho, mas também por manter o diálogo aberto com seus integrantes, com a sociedade e com o poder público. Toda pauta levantada pela Associação tem, como pano de fundo, o melhor serviço a ser prestado à sociedade”, comentou Claudiney Rocha.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Presidente da APEG participa da live “Diálogos Relevantes”, da PGE

O Presidente da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás (APEG), Claudiney Rocha, participou nesta tarde de sexta-feira, live “Diálogos Relevantes”, um projeto do Centro de Estudos Jurídicos (CEJUR), da PGE-GO, transmitido, ao vivo, pelo perfil da Procuradoria no Instagram. O objetivo do projeto é debater, semanalmente, assuntos contemporâneos e importantes em matéria de Direito Público, Administração e institucionalidades da Advocacia Pública.

Sob o comando do Procurador e Chefe da CEJUR, Rafael Arruda, o tema abordado foi “Ingresso na carreira e os desafios ao exercício da função de Procurador de Estado.” Durante pouco mais de 50 minutos, Claudiney Rocha contou um pouco da sua trajetória desde a decisão pelo Direito, passando pelo STF, Procuradoria do Estado do Acre, até chegar à frente da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás. “Mesmo em Brasília ou no Acre, meu sonho sempre foi voltar pra Goiás”, comentou.

Durante a live, Claudiney Rocha, afirmou que aguarda a autorização para a realização de um novo concurso público para renovar “os ares” da Associação e da PGE-GO. Afirmou ainda que a carreira é apaixonante, mas tem suas dificuldades, pois durante muito tempo, a advocacia pública foi vista, e ainda é, como um entrave ao acesso a direitos fundamentais que já são garantidos pela Constituição. “É preciso analisar o conceito de Estado e entender que ele não é abstrato. Todos nós, administradores e administrados, somos parte desse todo”, diz.

Questionado sobre uma dificuldade específica do início da carreira, Claudiney Rocha lembrou da sensação de “não-pertencimento” ao ambiente da Procuradoria. “Isso já mudou, pois a instituição mudou. E agora, como presidente, sinto que a minha missão é acolher. Nossa missão é defender os procuradores de ontem, de hoje e de sempre. Meus colegas são tratados como irmãos nessa casa que é o Estado de Goiás. Como Presidente da Associação, eu sirvo ao servidor, advogo para advogados e sou procurador de procuradores”, comparou.

Acesse a íntegra da Live no canal da PGE n Instagram.

Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Comunicado – Desconto de mensalidade

Em razão das deliberações na Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta quinta-feira (19), a APEG informa aos associados que o valor da mensalidade descontada na folha de pagamento no mês de maio será devolvido ao Procurador na primeira semana de junho, na conta bancária cadastrada junto à Associação. Informa, ainda, que caso tenha havido qualquer mudança na conta registrada na APEG, os dados devem ser atualizados junto à entidade, com a colaboradora Victória, por meio dos telefones (62) 3225-9086 ou (62) 98162-2078.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

ARTIGO – Vacinação e igualdade

Por Alexandre Felix Gross, Mestre em Direito, Estado e Constituição pela UnB é Procurador do Estado

Em um cenário de escassez, a sociedade é colocada diante de decisões trágicas. Esse é o cenário no qual nos encontramos em relação às vacinas para Covid-19. Quem deve ter preferência na distribuição das doses? Quais critérios devem ser adotados para definir a preferência? Quem terá a oportunidade de ser imunizado antes e, assim, ter maiores chances de sobreviver?

Não há respostas simples para problemas complexos. Mas existe uma ideia que deve orientar o debate: os critérios adotados para solucionar as decisões trágicas devem respeitar os valores e acordos morais que compartilhamos enquanto sociedade.

Esses valores estão na Constituição de 1988, que afirma que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, garantido por meio de políticas públicas de acesso universal e igualitário, e que a República Federativa do Brasil tem como objetivo a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Foram esses valores que inspiraram a construção de um “novo Brasil” em 1988, sobre os escombros de uma ditadura militar que durante 21 anos nos negou a democracia.

Os demais países democráticos compartilham dos mesmos valores. A grande maioria deles adotou critérios objetivos para distribuir vacinas: priorizar os que têm maiores chances de desenvolver sintomas graves e os que têm maior exposição ao vírus, cuja força de trabalho é essencial no combate à doença (profissionais de saúde). São critérios razoáveis, justificáveis em uma sociedade que preza pela igualdade e renega o privilégio injustificado. Nenhum desses países adotou como critério a capacidade econômica de comprar vacinas no mercado privado, e os principais fabricantes, aqueles que produzem os imunizantes mais confiáveis e aprovados pelas principais agências reguladoras, atualmente só negociam com o setor público.

Hoje o mercado de vacinas sofre com intensa escassez e a inclusão do ator privado acabaria inflacionando o preço dos imunizantes, penalizando toda a sociedade brasileira. E isto em razão da mais elementar “lei” econômica, a da oferta e demanda. Enquanto para a iniciativa privada o céu é o limite, o Poder Público é constrangido por limites legais e orçamentários que poderiam retardar ou inviabilizar a compra de vacinas. No contexto global, esse efeito fica ainda mais evidente. Se os países ricos liberassem irrestritamente a compra privada de vacinas, os países mais pobres, incluindo o Brasil, certamente ficariam sem doses.

O critério econômico, ter ou não ter dinheiro, não pode, diante dos valores que compartilhamos enquanto uma sociedade democrática, liberal e igualitária, definir, neste momento, quem recebe ou não a vacina. A vacinação privada, claro, deve ser liberada após a vacinação dos grupos prioritários, quando a situação de escassez não for tão trágica quanto é no momento. A partir daí o papel da iniciativa privada será bem-vindo.

Fonte: Jornal O Popular

CEJUR realiza mais uma palestra online sobre Direito Público

Dando sequência às atividades do 1º Ciclo de Preleções em Direito Público, a PGE receberá esta semana o professor Carlos Ari Sundfeld (SP), que é Professor Titular da FGV Direito-SP e Presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP). A atividade conta com o apoio da APEG.

Com intensa produção acadêmica e sendo um dos mais destacados administrativistas da atualidade, Carlos Ari Sundfeld proferirá a palestra magistral intitulada “O Procurador do Estado na construção do Direito Público: o que esperar?”

A transmissão ao vivo será no dia 20/5, às 17h, pelo canal da PGE-GO no YouTube.

Fonte: PGE e Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Convocação para Assembleia Geral; confira link de acesso

presidente da APEG, Claudiney Rocha, convoca todos os integrantes da carreira, ativos e aposentados, para a Primeira Assembleia Geral Extraordinária de Honorários dos Procuradores do Estado de Goiás. Em pauta, a discussão e deliberação acerca da alteração no Regulamento sobre Honorários Advocatícios dos Procuradores do Estado de Goiás.

Convoca, também, para a Primeira Assembleia Geral Extraordinária da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás, para discussão e deliberação acerca da alteração na taxa de contribuição das mensalidades dos associados.

As assembleias serão realizadas nesta quarta-feira, 19 de maio de 2021, com primeira chamada às 16 horas, e segunda chamada às 17 horas, via Plataforma Zoom. 

Dados para acesso ao ambiente virtual da assembleia:
Link: https://zoom.us/j/96568142272?pwd=Nkg1anl4UTU3WmlLbml3bzRnTjA4UT09

ID da reunião: 965 6814 2272
Senha de acesso: 640360

O Edital de Convocação e a proposta de alteração do Regulamento de Honorários Advocatícios a ser analisada em assembleia estão disponíveis em área restrita do site. Acesse aqui.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Deputado Darci de Matos atende pleito da Anape e exclui trecho sobre dedicação exclusiva da Reforma Administrativa

Em seu relatório final sobre a Reforma Administrativa apresentado na CCJ, o relator, deputado Darci de Matos (PSD-SC), apresentou emenda para suprimir do texto o trecho que trata da dedicação exclusiva, impedindo que ocupantes de cargos típicos de estado exerçam outra atividade remunerada. Matos leu nesta segunda-feira (17) parecer favorável à admissibilidade da matéria.

O presidente da ANAPE, Vicente Braga, que participou da primeira audiência pública da CCJ para discutir a matéria, já havia alertado sobre “um grande retrocesso” caso o texto original fosse mantido.

“É um grande retrocesso para o ingresso de novos servidores públicos e a manutenção de servidores públicos qualificados a questão da dedicação exclusiva. Exigir que um servidor público não possa, desde que haja compatibilidade de horários, exercer outra função, é um retrocesso para o nosso país”, disse Vicente na ocasião.

Um pedido de vista coletivo adiou a votação do relatório. Após o prazo do pedido de vista (duas sessões do plenário), o parecer de Matos será votado no colegiado e a proposta vai para uma comissão especial, onde será debatida no mérito (conteúdo).

Fonte: Anape

ARTIGO – Produtividade no setor público

Por Claudiney Rocha Rezende e Marcílio Ferreira Filho

A palavra “produtividade” designa a qualidade de ser produtivo, ou seja, aquilo que é produzido: o resultado. Produtividade não significa trabalhar mais e sim ter mais resultados com esforços cada vez mais eficientes. No Estado, no entanto, isso encontra barreiras não só legais, mas também, e especialmente, comportamentais.

Não são muitos os gestores públicos que possuem qualificação sobre gestão, liderança e políticas públicas, sendo várias decisões tomadas com base em intuição. O problema é que a perspectiva cultural é baseada ainda em uma mentalidade ultrapassada e a busca pela eficiência pode cair no erro de ficar apenas no discurso.

Um Estado eficiente exige adaptação na forma de trabalho, qualificação e uso de ferramentas de gestão. A quarta revolução industrial (e até a quinta que já se fala) requer novas habilidades no setor público, tudo isso reforçado com a pandemia.

Questões comportamentais são problemas de difícil enfrentamento em qualquer área, especialmente porque envolve aspectos que vão muito além do aspecto cognitivo. É preciso trabalhar a inteligência emocional, por exemplo, que é uma área quase nula em muitos órgãos e entidades do Poder Público.

O próprio Brasil é um país com números alarmantes quando o assunto é a saúde mental, sendo o país com maior número de pessoas ansiosas (9,3% da população), perdendo apenas para o Japão, segundo estudo da OMS.

Os desafios no setor público são ainda maiores porque a percepção da sociedade sobre esse setor nem sempre é a melhor. A título de exemplo, o Índice de Percepção da Corrupção em 2019 apontou para mais uma queda do Brasil, com 35 pontos de um total de 100 pontos. De 180 países e territórios, o país caiu para 106º lugar, com a sua pior colocação na sequência histórica. Isso demonstra uma visão negativa que muitos possuem sobre a função pública.

Muitas visões sobre o serviço público ainda estão enraizadas com uma mentalidade de que a “forma” é mais importante do que o “resultado” e é exatamente essa mentalidade fixa que precisa ser modificada, o que não será obtido por meio da edição de uma lei ou norma.

Para essa adaptação, não basta editar leis, é preciso implementar, na prática, mecanismos de gestão, tais como: gestão por competências; implementação do teletrabalho como regra e não como exceção; estímulo à criatividade e inovação; fixação de metas e objetivos claros; mecanismos de feedback; comunicação interna e externa adequadas, entre outros.

É preciso, cada vez mais, que líderes da administração pública tenham conhecimento sobre liderança. Os gestores públicos precisam ter conhecimento de gestão em uma realidade totalmente nova. Não se muda a realidade por uma canetada, mas sim por meio de uma liderança inspiradora.

Claudiney Rocha
Mestre em Direito, Procurador do Estado e presidente da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás

Marcílio Ferreira Filho
Doutor em Direito, Procurador do Estado, Advogado e Professor

Fonte: Jornal O Popular

Live ”Diálogos Relevantes” desta semana vai abordar gestão pública

Hoje é dia da live “Diálogos Relevantes” no Instagram da PGE. O assunto da vez é: Desafios da gestão pública no pós-pandemia. 

Para conversar sobre o tema, convidamos a Gerente de Projetos de Desenvolvimento em Organizações Públicas da Fundação Dom Cabral (FDC), Patrícia Becker. 

O diálogo promete ser bastante proveitoso. A FDC é uma das mais importantes escolas de negócios do mundo. Com sede em Nova Lima, Minas Gerais, há mais de 40 anos atua no desenvolvimento e na capacitação de executivos, empresários e gestores públicos. 

Atualmente, é a 9ª melhor escola de negócios do mundo de acordo com o ranking de educação executiva do jornal Financial Times. Já é o 15° ano consecutivo figurando nessa importante lista.  

Então anote aí, a live acontece hoje, dia 13, às 17:30h. A transmissão será pelo Instagram. 

Lembrando que você já pode participar deixando perguntas e mensagens nos comentários da postagem lá no Instagram. 

Fonte: Comunicação Setorial PGE

APEG participa de reunião do Conselho Deliberativo da Anape

O presidente da APEG, Claudiney Rocha, participou na manhã desta quarta-feira, 12/05, da Reunião do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape), realizada por meio da plataforma Zoom. Em pauta, entre outros temas, a atualização do andamento de proposição legislativas de interesse dos Procuradores, no âmbito do Congresso Nacional.

A reunião virtual contou com a presença do Presidente da Anape, Vicente Martins Braga, do Presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Tavares Mendes Filho; Diretor de Assuntos Legislativos da ANAPE, Fabrizio de Lima Pieroni; Diretor Jurídico e de Prerrogativas, Carlos Frederico Braga Martins; e 2ª Vice-Presidente, Cristiane Santana Guimarães; além de representantes das associações estaduais.

O presidente da APEG lembrou que nas reuniões, além de compartilharem as informações sobre o acompanhamento de pautas do interesse da categoria, também ocorre o engajamento dos representantes nos estados na luta comum. “A PEC 32, da Reforma Administrativa, por exemplo, aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). É preciso que todos estejam envolvidos na defesa das prerrogativas da nossa carreira”, disse Claudiney Rocha.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

APEG convoca para Assembleias Gerais

presidente da APEG, Claudiney Rocha, convoca todos os integrantes da carreira, ativos e aposentados, para a Primeira Assembleia Geral Extraordinária de Honorários dos Procuradores do Estado de Goiás. Em pauta, a discussão e deliberação acerca da alteração no Regulamento sobre Honorários Advocatícios dos Procuradores do Estado de Goiás.

Convoca, também, para a Primeira Assembleia Geral Extraordinária da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás, para discussão e deliberação acerca da alteração na taxa de contribuição das mensalidades dos associados.

As assembleias serão realizadas no dia 19 de maio de 2021, com primeira chamada às 16 horas, e segunda chamada às 17 horas, via Plataforma Zoom. O link de acesso à sala de reuniões será encaminhado posteriormente aos Procuradores.

O Edital de Convocação e a proposta de alteração do Regulamento de Honorários Advocatícios a ser analisada em assembleia estão disponíveis em área restrita do site. Acesse aqui.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Atividade executiva na persecução do crédito foi tema da palestra de encerramento do VIII Encontro Nacional das Procuradorias Fiscais

A palestra final do VIII Encontro Nacional das Procuradorias Fiscais teve como presidente da mesa a 2ª Vice-Presidente da ANAPE, procuradora Cristiane Guimarães e como relatores o procurador Marco Antônio Rodrigues (PGE-RJ) e o Deputado Federal Tadeu Alencar (PSB-PE). A mediação ficou por conta do procurador Ivan Luduvice, 1º Vice-Presidente da ANAPE.

A discussão girou em torno do PL 4257/19 em trâmite no Congresso Nacional, que prevê alteração da Lei de Execuções Fiscais com a finalidade principal de permitir a possibilidade de execução administrativa da dívida ativa. Todos os participantes da palestra se manifestaram favoráveis ao Projeto de Lei, e discorreram sobre a relevância do texto para o desafogamento do Justiça e para maior celeridade nos processos de recuperação fiscal.

O procurador Marco Antônio defendeu que é positivo e necessário o uso da desjudicialização de processos, uma vez que o sistema hoje utilizado pelo Judiciário brasileiro é ineficiente e que “está mergulhado em grave crise”. Ele resgatou indicadores do relatório Justiça em Números de 2018, que apontam que mais de 54% dos processos em curso na justiça brasileira se tratam de execuções, sendo que menos que 15% desse percentual alcançava o resultado final efetivo: a satisfação ao credor.

” O que falta agora é termos a coragem de dar um passo à frente para a ampliação da atividade nas mãos da administração pública. Louvo aqui o projeto 4257/19, no sentido de que ele traz para as mãos da fazenda muitas das medidas executivas”, avaliou.

O mediador Ivan Luduvice acompanhou Marco Antônio, e reafirmou que o modelo brasileiro precisa ser reavaliado, uma vez que é ineficiente e não é utilizado em nenhum outro país do mundo. “Isso mostra que nós provavelmente estamos no caminho errado. Primeiro porque ninguém segue, segundo porque não dá certo. Vi um estudo que de cada 100 execuções, só 8 conseguem recuperar o crédito fiscal. Menos de 10%”, afirmou. O procurador ressaltou ainda que a desjudicialização não vai de encontro com o direito à justiça e ao devido processo legal, uma vez que a execução administrativa proposta no projeto seria prevista em lei.

Já o deputado Tadeu Alencar trouxe reflexões acerca do impacto do projeto no que chamou de “cultura da sonegação”. Para ele, é importante a mudança de mentalidade da procuradoria no momento de dar opções de pagamento para o contribuinte e trazê-lo para a adimplência, mas que isso deve ser feito mostrando também que a melhor opção é não dever o Estado, e não somente esperar o Refis para regularizar parte do débito.

Ele relembra que não é a primeira vez que essa discussão chega ao Congresso. O projeto 2412/07 trazia o mesmo debate, mas acabou tramitando por 15 anos no parlamento antes do seu arquivamento, em 2018. “Entendemos que é saudável e cumpre o objetivo de fazer justiça fiscal com o aumento da arrecadação tributária”, finalizou o deputado.

Mesa de encerramento
A mesa de encerramento do VIII Encontro Nacional das Procuradorias Fiscais foi palco para que os encaminhamentos das discussões temáticas feitas durante as plenárias nas oficinas fossem levados ao conhecimento de todos.

“Temos que ter agora um intuito, um impulso, de não fazer mais do mesmo. Modificar a forma como a gente vem conduzindo no processo de cobrança. Precisamos fazer uma mudança que seja impulsionada pelo momento que estamos vivendo. A ANAPE terá agora a grande missão de se debruçar sobre os encaminhamentos e dar prosseguimento, para criarmos novas linhas de conduta, novos caminhos a serem seguidos”, ressaltou a 2ª Vice-Presidente da ANAPE, Cristiane Guimarães.

Gustavo Manfro, Presidente do Colégio Nacional das Procuradorias Fiscais, parabenizou pelo sucesso do evento e disse que os debates mostraram o quão atual estão os assuntos que foram discutidos pelos Procuradores durante os dois dias do evento.

“Está havendo um movimento de ouvir a sociedade, fazendo não só algo específico para os devedores, mas começando a trabalhar por uma linha de ouvir a sociedade e entender suas dificuldades, compreendê-las, antecipar eventuais problemas e, principalmente, trazer soluções. É isso que a sociedade busca da gente. E nós, como representantes do Estado, temos que estar aptos a dar essa resposta”, afirmou Manfro. Ele também comentou sobre o contexto atual que o país vive.

“Essa pandemia nos fez mudar a nossa forma de enfrentar a realidade. Todos os Estados enfrentam dificuldades. Percebemos a dificuldade na tecnologia de informação, no compartilhamento de dados, com as decisões judiciais”, apontou.

O 1° Vice-Presidente da ANAPE, Ivan Luduvice Cunha, representando o Presidente da entidade, Vicente Braga, encerrou o evento no final desta terça-feira (11). “Gostaria de parabenizar todos que contribuíram nas oficinas, nas palestras. Saio melhor como Procurador e também como ser humano, o aprendizado aqui foi amplo”, declarou.

Fonte: Anape