Anape e entidades ligadas a Advocacia Pública discutem estratégias para defender prerrogativas da carreira

O presidente da ANAPE, Vicente Braga, participou nesta terça-feira (19/01) da primeira reunião do ano com as entidades que representam segmentos da Advocacia Pública. Na pauta do encontro, realizado por videoconferência, estava a defesa de prerrogativas dos advogados públicos no âmbito federal, estadual e municipal. Durante a reunião, os representantes das entidades acertaram temas prioritários para 2021, com foco na defesa da Advocacia de Estado, incluindo a reforma administrativa. Neste sentido, foi acordado que deve ser retomado o trabalho junto às bases locais e a atuação no Congresso Nacional.

Vicente Braga ressaltou que, mesmo no momento difícil em que se encontra o país, a ANAPE vem atuando de forma contínua nos temas da Advocacia Pública, especialmente na pauta da reforma administrativa. “Temos feito esse trabalho de diálogo com os parlamentares, mostrando quais são as falhas que existem na reforma administrativa que foi apresentada pelo governo federal. Se quisermos aprovar uma reforma justa, temos que debater e evoluir no projeto que foi apresentado, para que possamos encontrar um denominador comum que seja justo à nossa categoria”, disse o presidente da ANAPE.

Vicente também afirmou que a associação vem desde o ano passado conversando com vários deputados e lideranças partidárias para defender as prerrogativas da carreira. Ao final da reunião o grupo decidiu elaborar um novo caderno do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (FONACATE), com foco na Advocacia Pública. A publicação fará parte da série de Cadernos da Reforma Administrativa, elaborada pelo Fórum.

Participaram da videoconferência, além da ANAPE, ANAFE, o SINPROFAZ, a ANAPE e a ANPM – entidades representativas dos advogados públicos nas esferas federal, estadual e municipal – e o presidente da Comissão Nacional de Advocacia Pública da OAB, Marcello Terto.

Fonte: Anape

GoiasPrev retoma prova de vida de aposentados e pensionistas; atenção ao calendário

A APEG orienta os associados aposentados e pensionistas sobre a retomada do recadastramento anual obrigatório da Goiás Previdência (GoiasPrev). O órgão retomou a prova de vida nesta quarta-feira (20). O recadastramento anual estava suspenso desde março de 2020 por conta da pandemia da Covid-19. A regularização no cadastro é necessário para evitar o bloqueio do pagamento.

De acordo com a GoiasPrev, haverá dois tipos de atendimento: presencial e por videoconferência, para aqueles que não podem sair de casa (veja abaixo como agendar). A partir deste ano, o prazo para apresentar o cadastro é de 60 dias contados a partir do mês do aniversário até o mês subsequente (confira o calendário abaixo).

Videoconferência
Para realizar o atendimento por videoconferência é necessário fazer o agendamento pelo e-mail recadastramento2021@goiasprev.go.gov.br, apresentando os seguintes dados:

  • Número de telefone (WhatsApp) para contato que tenha câmera para a videoconferência
  • Identidade frente e verso
  • Comprovante de endereço atualizado dos últimos 3 meses com o CEP
  • Pensionista: Certidão de Casamento/Nascimento atualizada com data dos últimos 3 meses

Atendimento presencial
Os atendimentos presenciais devem ser agendamentos pelo site do Vapt Vupt, ao acessar a aba “Novo Agendamento – Agendamento Goiasprev”.

Nas cidades em que não há agências do Vapt Vupt, o recadastramento será realizado nos postos de atendimento do Ipasgo e deve ser agendado por meio dos telefones que constam no portal do instituto.

Os atendimento presenciais no Vapt-Vupt e Ipasgo exigem que todas as medidas de segurança para evitar o coronavírus sejam seguidas, como distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras.

Calendário de recadastramento 2021
Aniversariantes de janeiro: 20/1 a 31/3
Aniversariantes de fevereiro: 01/2 a 31/3
Aniversariantes de março: 01/3 a 30/4
Aniversariantes de abril: 01/4 a 31/5
Aniversariantes de maio: 01/5 a 30/6
Aniversariantes de junho: 01/6 a 31/7
Aniversariantes de julho: 01/7 a 31/08
Aniversariantes de agosto: 01/8 a 30/09
Aniversariantes de setembro: 01/9 a 31/10
Aniversariantes de outubro: 01/10 a 30/11
Aniversariantes de novembro: 01/11 a 31/12
Aniversariantes de dezembro: 01/12 a 31/01/2022

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação e G1 Goiás

Procurador Bruno Belém lança o livro “A modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade”

Já está disponível, na plataforma da editora Dialética, o livro “A modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade”, de autoria do Procurador do Estado Bruno Belém.

“No ordenamento jurídico brasileiro, a decisão de inconstitucionalidade deve ser dotada de eficácia retroativa absoluta, mas por razões de segurança jurídica ou de interesse social, a eficácia desconstrutiva da decisão de inconstitucionalidade pode ser atenuada. Para tanto, duas ou mais normas podem disputar a incidência no caso, e a norma da proporcionalidade deverá ser utilizada como critério de decisão. As ideias defendidas no livro visam à construção de padrões decisórios juridicamente gerenciáveis em matéria de limitação da eficácia sancionatória das decisões de inconstitucionalidade.” (Texto de apresentação da Dialética Editora).

Para adquirir, acesse a plataforma da Editora Dialética.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Anape apoia a indicação de Melina Fachin a Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA

A Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF – ANAPE – manifesta seu apoio à indicação da professora e advogada Melina Girardi Fachin para concorrer ao cargo de secretária executiva da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). A CIDH é um órgão autônomo da OEA encarregado da promoção e proteção dos direitos humanos no continente americano.

Com trajetória acadêmica e profissional atuante no trabalho de proteção dos direitos humanos, Melina é mestre e doutora pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, além de professora adjunta e chefe do Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná. Também concluiu pós-doutoramento em democracia e direitos humanos no Centro para os Direitos Humanos e a Democracia (Ius Gentium Conimbrigae) da Universidade de Coimbra, Portugal. Membro titular da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a advogada também atua como conselheira em diversos assuntos relativos aos direitos humanos, direitos da mulher e pacto global.

Diante da qualificação e experiência da candidata, a ANAPE deseja sucesso e endossa que a professora Melina prestará importante contribuição para a promoção e defesa dos direitos humanos em todo o continente e representará de forma notável o nosso país.

Fonte: Anape

Apeg comemora 46 anos de fundação

A APEG chega hoje aos 46 anos de fundação após um ano de muitos desafios para todos, em todo o mundo. A pandemia do novo coronavírus transformou novas vidas dentro e fora de casa. E não foi diferente no âmbito institucional.

Em um 2020 histórico e trágico, a APEG, juntamente com a Anape, reorganizou sua forma de atuar em defesa da carreira e prerrogativas dos Procuradores do Estado, lançando mão de novas ferramentas de participação em atividades de interesse dos associados.

Foram vários os momentos de aprimoramento profissional proporcionados pelos eventos on-line promovidos pela Anape e associações estaduais. Os temas de maior interesse da classe estiveram presentes nos webinários realizados ao longo do ano, com participação expressiva dos Procuradores do Estado de Goiás.

Ao completar 46 anos de fundação, a APEG reafirma os compromissos de defender os princípios e garantias da advocacia pública, sua independência e autonomia e de representar a classe defendendo seus direitos, interesses, garantias, prerrogativas e reivindicações.

Fundada em janeiro de 1975, tendo sido declarada de utilidade pública pela Lei Estadual nº 8.285, de 3.8.1977 (DOE de 9.8.1977), a APEG passou por diversos contextos políticos, mas sempre manteve em sua essência a missão de valorizar a carreira de Procurador do Estado e a inerente defesa dos interesses do Estado.

Para este ano, está prevista a realização do V Congresso Regional de Procuradores de Estado da Região Centro-Oeste e Tocantins, nos dias 4 e 5 de março. O formato do evento e demais detalhes serão divulgados em breve, tendo em vista o cenário pandêmico ainda vivenciado no Estado e no Brasil.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Artigo – Xeque-mate na incomunicabilidade

Por Jorge Pinchemel
Procurador do Estado e superintendente de Legislação, Atos Oficiais e Assuntos Técnicos da Casa Civil

Fonte: Publicado originalmente no jornal Diário da Manhã

Pesar pelo falecimento de Maguito Vilela

A APEG manifesta seu grande pesar pelo falecimento do prefeito licenciado de Goiânia, advogado Maguito Vilela. O Emedebista morreu na madrugada desta quarta-feira, após passar 85 dias internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde lutava contra complicações provocadas pela Covid-19.

Luís Alberto Maguito Vilela tinha 71 anos. Figurava como uma das grandes lideranças políticas em Goiás e no Brasil. Maguito nasceu em Jataí, onde iniciou sua trajetória como vereador no município. Foi deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador de Goiás, senador e vice-presidente do Banco do Brasil. Foi prefeito de Aparecida de Goiânia por dois mandatos, tendo sido eleito prefeito de Goiânia em novembro de 2020.

Aos seus familiares, amigos e a toda a população de Goiânia, que acompanhou dia a dia a sua batalha para vencer a Covid-19, a APEG manifesta seu mais profundo pesar. Goiás soma nesta semana mais de 7 mil mortes provocadas pela Covid-19. A todas as famílias que têm enfrentado o luto pela perda de seus entes queridos, as nossas condolências.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

“OAB mais plural ganha ainda mais legitimidade”, diz Valentina Jungmann ao Conjur

Com a adoção da paridade de gênero e da proposta de equidade racial para registro de chapa nas eleições da OAB, a entidade ganhará ainda mais legitimidade para participar ativamente do debate nacional. O diagnóstico é da advogada e conselheira da OAB-GO, Valentina Jungmann, autora da proposta aprovada.

Em entrevista à ConJur, ela destaca o caráter coletivo da construção da proposta, que teve a participação de integrantes da comissão nacional da Mulher Advogada, de outras conselheiras federais e de mulheres advogadas de outras entidades.

“Nós somos mais de 1,2 milhão de inscritos e, desse número, a metade dos inscritos, praticamente, é formada por mulheres advogadas”, afirma.

A proposta apresentada por Valentina já passa a valer neste ano e deve trazer mudanças significativas e estruturais na entidade. “Para você ter uma ideia, apesar de a OAB ser considerada um sistema presidencialista, nós não temos uma advogada presidente das seccionais em nenhuma das 27 seccionais, e o mais interessante é que se nós olharmos essa história de 90 anos, nós só tivemos nas 27 seccionais apenas dez presidentes de seccionais eleitas”, explica.

Além da paridade de gênero, os conselheiros também aprovaram a aplicação imediata de cota racial de 30% nas eleições. O percentual definido valerá pelo período de dez eleições e já passa a contemplar também as subseções da entidade. Caso a subseção não consiga cumprir o determinado, deverá informar a Comissão Eleitoral.

Leia a entrevista:

ConJur — Como apareceu pela primeira vez a ideia de propor um projeto que estabelecesse paridade?
Valentina Jungmann — Essa ideia de modificação foi apresentada na Conferência Nacional da Mulher Advogada no dia 5 de março de 2020. Eu propus ao vice-presidente da OAB nacional, Luiz Viana, de uma forma bem sintética, a mudança de um percentual mínimo de um mínimo de 30% e máximo de 70% por um único percentual de 50%.

Ele achou a ideia interessante e fez o convite para eu participar dessa comissão do conselho federal e aí eu trabalhei realmente no projeto, com produção, com justificativa, analisando todas as normas internas que deveriam ser alteradas e propondo uma nova redação. Essa comissão aprovou por unanimidade esse projeto e posteriormente ele foi distribuído no conselho federal. O mais impactante é que essas alterações já vão valer para as eleições de 2021.

ConJur — E essa foi uma iniciativa inédita? Pelo menos nesse formato?
Valentina Jungmann — Em vários momentos essa ideia de ter mais igualdade na OAB, mais mulheres na OAB, foi ventilada. Todavia, essa ideia de paridade fundamentada no princípio constitucional da igualdade e a sistematização das mudanças, eu posso dizer que foi algo que tornou realidade um sonho já sonhado, uma ideia já pensada, mas ainda não sistematizada.

Essa é a grande importância do projeto: é pegar uma ideia sem muita burilação e torná-la parte de um sistema normativo; e, mais, apresentar em órgãos colegiados, defender a ideia e obter a aprovação. Então, realmente eu acredito que isso é o grande avanço dessa iniciativa. Essa não é uma vitória ou um avanço que foi obtido de forma isolada.

Destaco a atuação da comissão nacional da Mulher Advogada, que é presidida pela Daniela Borges, mas que tem valorosos colegas na diretoria e como integrantes da comissão. As conselheiras federais também, mas principalmente o trabalho da doutora Clea Carpi, junto com outras comissões de mulheres advogadas nas seccionais, diretoras também da OAB, mulheres, lideranças da Escola Superior de Advocacia, mulheres advogadas fora do sistema OAB. Tem aquele movimento Mais Mulheres na OAB, Advogadas do Brasil, a Federação Nacional dos Estudantes de Direito; então eu digo que essa mudança se deu muito devido ao trabalho de todos em prol de uma única ideia, eu diria de duas ideias, a equidade racial e a paridade de gênero.

ConJur — Em toda entidade que reúne milhares de pessoas  como a OAB , qualquer proposta de mudança é acompanhada de resistência. Que tipo de pensamento foi preciso derrotar para conseguir a aprovação?
Valentina Jungmann — Nós somos mais de 1,2 milhão de inscritos e, desse número, a metade dos inscritos, praticamente, é formada por mulheres advogadas. Então, eu comecei falando do apoio, porque ele foi decisivo, mas também foi algo contagiante, porque contou com o apoio não só de metade da advocacia, mas também de homens advogados que entenderam a proposta humanista do projeto de paridade de gênero e também da equidade racial. Tivemos resistência ao projeto? Sim. E quais eram as principais indagações? Será que nós vamos ter mulheres suficientes, que se interessam? E essas indagações vieram muito de homens que conhecem o sistema OAB, que pertencem ao sistema OAB. Será que as mulheres terão condição econômica de participar da campanha? Então, o que nós dizíamos a essas pessoas que resistiam é que, sim, as mulheres querem participar da política e querem participar da política da OAB.

O projeto enfrentou também essa questão da dificuldade financeira, porque nós sabemos que é regra que todo mundo, mesmo nos países desenvolvidos, que as mulheres ganhem algo em torno de 20% a menos do que os homens.

O sistema eleitoral da OAB não permite que empresas e sociedades comerciais sejam doadoras para campanha eleitoral, assim como se for pessoa física, somente advogado ou advogada que podem fazer doação, e o que acontece na prática é que são os próprios advogados e advogadas que compõem a chapa que acabam arcando com as despesas de campanha. Por isso que o projeto contou com um capítulo, vamos dizer assim, para reduzir os gastos de campanha, como forma, também, de oportunizar que mais mulheres, principalmente as jovens advogadas, a jovem advocacia, participe ativamente das nossas eleições, ou melhor, da disputa dos cargos eletivos.

ConJur — Que tipo de efeito essa mudança terá na advocacia fora da Ordem? A senhora acha que pode, de alguma maneira, promover mais equidade salarial e oportunidades no mercado?
Valentina Jungmann — Eu tenho esperança de que o Conselho Federal, aos seus 90 anos, ao adotar a paridade e a equidade racial, será um farol para outras entidades ligadas ao Direito, operadores do Direito, entidades ligadas à advocacia.

Então eu tenho certeza de que essa atitude da OAB nacional terá influência não só em outras entidades, mas em instituições — e, por que não? — em poderes como o Judiciário, o Legislativo e onde também a participação das mulheres nos cargos e nos espaços de decisão ainda é uma participação não equilibrada.

ConJur — A OAB historicamente é uma entidade comprometida com a defesa dos valores e princípios democráticos. A senhora acredita que, com a paridade racial e sexual, a entidade ganha ainda mais legitimidade para participar do debate público?
Valentina Jungmann — Eu acredito que a OAB, além desse olhar integrativo que o projeto Paridade e o projeto Igualdade Racial propiciaram, deve continuar adotando mecanismos e ações que permitam cada vez mais uma maior e efetiva participação de advogados, de advogadas, de todas as raças, etnias, idades, tempo de inscrição no sistema OAB, até porque dizem, e eu acredito nisso, que a diversidade aumenta o nível de talento; então, na verdade, todos nós, não só a nossa OAB, mas toda a sociedade tende a ganhar com essa maior representatividade de todos esses segmentos.

Então eu acredito, sim, que a OAB vai sair, com a adoção desses projetos, mais fortalecida, mais representativa, e é algo que a nossa entidade precisa, porque se nós olharmos os números a participação da mulher advogada, eles estão muito aquém do nosso número de inscritas. Para você ter uma ideia, apesar de a OAB ser considerada um sistema presidencialista, nós não temos uma advogada presidente das seccionais em nenhuma das 27 seccionais, e o mais interessante é que se nós olharmos essa história de 90 anos, nós só tivemos nas 27 seccionais apenas dez presidentes de seccionais eleitas.

Nós não tivemos ainda uma presidente no conselho federal, na nossa OAB nacional, cuja diretoria atual é formada exclusivamente por homens. Então, nós temos um colégio de presidentes com 27 homens, uma diretoria do conselho federal com cinco homens e temos também a coordenação das caixas de assistência e o fundo de integração de desenvolvimento assistencial da advocacia dirigidos por homens. Recentemente, foram criados três cargos na Escola Superior de Advocacia, e os três cargos são ocupados por homens.

Eu quero deixar bem claro que nós não temos nada contra eles, são muito competentes e capazes, mas nós, as advogadas, também somos, e por isso que a paridade pode, sim, trazer uma nova formação para esses órgãos da OAB a partir de 2021.

ConJur — Com uma OAB mais plural, o pêndulo da atuação da entidade no debate público vai mudar?  Pautas que passam despercebidas podem ganhar importância?
Valentina Jungmann — Eu acredito que essa pluralidade pode trazer novos temas à discussão; ela vai inovar, às vezes no núcleo da discussão, das matérias discutidas, porque isso é inerente à democracia.

Com a participação paritária, de equidade, dos negros, das advogadas negras, a forma da discussão será diferente, ainda que a gente tenha temas como prerrogativas, como mercado de trabalho, como honorários advocatícios, mas eu acredito que nós discutiremos esse tema com maior inclusão, de uma forma talvez até mais ampla.

Os temas essenciais da advocacia continuarão a ser discutidos, priorizados, mas agora com um novo foco, um novo olhar, e por isso que essa inovação é muito importante para todos, não só para a advocacia.

Fonte: Conjur

NOTA DE REPÚDIO

A Associação dos Procuradores do Estado de Goiás (APEG) manifesta seu irrestrito apoio aos colegas Procuradores do Município de Goiânia, ao mesmo tempo em que repudia veementemente as mudanças impostas à Procuradoria Geral do Município que impliquem em redução de sua dimensão institucional. As alterações, defendidas pelo atual Secretário de Finanças ferem atribuições intrínsecas à Procuradoria do Município, a exemplo da retirada da PGM da responsabilidade pela cobrança judicial de créditos tributários.

As mudanças impostas à atuação da PGM não param por aí. A reforma também torna facultativo o parecer dos Procuradores do Município nos processos licitatórios. Tal proposta contraria princípios da administração pública, como a eficiência, moralidade e impessoalidade, impondo enorme insegurança jurídica aos gestores das mais diversas pastas da administração do Município.

Hoje comandada por um Procurador do Estado de Goiás, a PGM tem o dever de preservar a autonomia dos seus servidores, mantendo uma atuação pautada na legalidade.

A APEG espera que haja sensibilidade por parte dos gestores a fim de corrigir essa distorção, que anuncia enormes prejuízos à administração pública e, por consequência, a toda a população.

Ana Paula Guadalupe
Presidente da APEG

Governo divulga nova edição do Manual de Redação Oficial do Estado de Goiás; baixe aqui

Para padronizar e tornar ainda mais célere e eficiente a produção de atos oficiais, o Governo de Goiás publicou nesta quinta-feira (07/01), no Diário Oficial do Estado, o Decreto Nº 9.777 que institui o novo Manual de Redação do Governo do Estado de Goiás no âmbito do Poder Executivo, inclusive nas fundações e nas autarquias, a ser observado na elaboração de atos administrativos e normativos.

– Baixe o novo Manual de Redação do Estado de Goiás

O documento está disponibilizado no site da Secretaria de Estado da Casa Civil (casacivil.go.gov.br) em formato digital. A última vez que o Manual de Redação Oficial do Estado de Goiás foi editado foi no ano de 2005. As regras de elaboração de atos deverão ser observadas também no sistema eletrônico em uso no Poder Executivo e os gestores de cada repartição deverão adequá-las para permitir a aplicação concreta das orientações do Manual.

Segundo o procurador do Estado e superintendente de legislação, atos oficiais e assuntos técnicos da Casa Civil, Jorge Pinchemel, a necessidade de atualizar o manual de redação surgiu da percepção de servidores Secretaria da Casa Civil que notaram nos processos de diversos órgãos a multiplicidade de formas, formatações e de estilos para os diversos expedientes estatais.

“Isso dificultava e dificulta o entendimento, a procedimentalização, e inclusive o andamento dos processos estatais porque a cada processo tratado de uma maneira diferente você tem que ter uma readequação mental para análise, muitas vezes de matérias iguais ou similares. Então diante dessa multiplicidade de formas nós verificamos a necessidade de fazer uma revisão de conteúdo do manual até para trazer elementos mais modernos, mais atuais, nos utilizando de manuais de regras técnicas postas em nível nacional”, explica o procurador. “Agora temos um produto novo, moderno e que apresentamos na administração como um ato produzido fruto inclusive de uma iniciativa de tornar mais eficiente e transparente a atuação burocrática do Estado”, conclui.

No trabalho de elaboração das orientações, a Secretaria da Casa Civil montou um grupo técnico-linguístico formado por servidores da Superintendência de Legislação, Atos Oficiais e Assuntos Técnicos (SLAT) e da Gerência de Redação e Revisão de Atos Oficiais (GERAT) para a produção de manuais para uniformizar a redação de atos oficiais na pasta, mas que identificou que muitas normas têm origem em processos de outras pastas. Assim, o trabalho foi expandido culminando na reformulação do Manual de Redação Oficial.

A disponibilização das orientações e a uniformização dos atos oficiais facilitam também o entendimento da população, que passa a ter acesso ao processo de produção dos documentos. Para o professor, assessor especial e revisor de atos da Casa Civil, Wellington Lemes Coêlho, o novo Manual de Redação do Governo do Estado de Goiás é resultado de um trabalho de levantamento das principais dificuldades encontradas pelos servidores na produção de atos de correspondência e alguns atos normativos.

“Foi percebida a necessidade de fixar certos padrões de acordo com a nova realidade comunicativa do serviço público no Estado de Goiás e no próprio interior da sociedade. Observamos inúmeros documentos da própria Secretaria de Estado da Casa Civil e de outros órgãos, e propusemos um embasamento teórico, algumas prescrições e modelos devidamente elaborados, inclusive com a fixação da formatação. Acreditamos que essa formalização muito irá contribuir para que nós tenhamos textos mais comunicativos, textos que garantam a devida recepção por parte dos outros servidores, e também por parte dos próprios cidadãos que de alguma forma entraram em contato com aquilo que for escrito nas várias unidades da administração pública estadual”, esclarece Coêlho. “Queremos que este documento seja um referencial para que nós tenhamos atos escritos com maior qualidade, formal e de conteúdo. Acreditamos que dessa forma todo o serviço público poderá ser mais produtivo”, entende o professor.

O Grupo de Trabalho Técnico-Linguístico encarregado de elaborar e validar a nova edição do Manual de Redação do Governo do Estado de Goiás foi formado pelos servidores Jorge Luís  Pinchemel (presidente), Emília Munhoz Gaiva (vice-presidente), Thiago Junqueira Rodrigues, Wellington Lemes Coelho, Victor Hugo Gomes Lopes e Anna Paula Fleury Sócrates, com a revisão do professor Wellington Lemes Coêlho.

A reprodução parcial ou total, sem fins lucrativos, por qualquer meio, do Manual de Redação do Governo do Estado de Goiás está autorizada, desde que seja citada a fonte com o site da Secretaria de Estado da Casa Civil de Goiás.

Fonte: Casa Civil

Obra de autoria de Procurador do Estado é lançada pela Dialética

A Dialética Editora acaba de lançar o livro Superlotação Carcerária e Custo Penitenciário no Brasil Pós-Estado de Coisas Inconstitucional (2015-2018), resultado de dissertação de Mestrado do Procurador do Estado e vice-presidente da APEG, Claudiney Rocha, e professor Robert Bonifácio, desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Direito Público da Universidade Federal de Goiás.

Para adquirir, acesse aqui.

A obra investiga a situação e os fatores explicativos da superlotação carcerária nos estados brasileiros, no período de 2015 a 2018, após o reconhecimento do estado de coisas inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na cautelar da Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 347.

O trabalho alia debate teórico e análise de dados. Na parte conceitual, discutem-se questões como sociologia prisional, concepção humanitária de política criminal, políticas públicas, Direito Constitucional, teoria do mínimo existencial, federalismo, teoria dos custos do direito, estrutura financeiro-orçamentária brasileira, efetividade e simbolismo constitucional. 

Na parte empírica, constrói-se um indicador de superlotação carcerária e realiza-se seu diagnóstico entre todos os estados brasileiros, além de analisarem-se dados referentes à sua variância a partir de fatores explicativos. A base de dados agrega diversos indicadores, disponibilizados por diferentes órgãos públicos, e foi construída pelos autores, constituindo-se uma fonte de informações inédita e atualizável. 

Os principais resultados indicam que a superlotação carcerária foi intensificada após a declaração, pelo STF, do estado de coisas inconstitucional no sistema penitenciário brasileiro. A liberação dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) foi inexpressiva e distribuída de forma assimétrica, contribuindo para a conformação de um cenário de estagnação do número de vagas prisionais e de aumento da superlotação carcerária, entre os estados, no período analisado.

Verificou-se que a Justiça Criminal é mais ágil para incluir pessoas nos presídios do que para reconduzi-las à sociedade e que suas variáveis correspondentes – casos criminais pendentes e tempo médio de trâmite de execuções penais baixadas em varas privativas de liberdade – foram as que apresentaram a maior capacidade explicativa da variância da superlotação carcerária entre os estados.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação (com informações da Dialética Editora)

TJGO homologa acordo firmado em Câmara de Conciliação envolvendo conflito entre Estado e Ipasgo

O Tribunal de Justiça de Goiás, por decisão monocrática do desembargador Jeová Sardinha de Moraes, homologou o acordo firmado entre o Estado de Goiás e o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo). Ele foi intermediado pela Câmara de Conciliação Mediação e Arbitragem Estadual (CCMA), nos autos da Ação Civil Pública nº0426725.59, que questionava a ocupação pela Secretaria de Estado da Administração (Sead) do imóvel situado na Rua Olinto Manso Pereira (antiga Rua 94), no Setor Sul, em Goiânia, local onde funciona a Gerência de Saúde e Segurança do Servidor.

A ação foi proposta pelo Ministério Público Estadual, em 29 de abril de 2012 e questionava, com fundamento no art.56, parágrafo único da Leinº17.477/2011, a vedação de cessão gratuita de bens imóveis do Ipasgo, tendo sido proferida sentença condenatória, determinando o ressarcimento pelo período de ocupação do imóvel, além da entrega do bem.

O processo foi direcionado à CCMA, pelo Despacho nº353/2020-GAB, com fundamento na previsão do art.6º, inc.VI da Lei Complementar nº144/2018, que prevê a atuação da Câmara para dirimir conflitos envolvendo os órgãos e entidades da administração pública do Estado de Goiás.

Em seis meses, foram concluídas as negociações e firmado acordo, prevendo a desocupação do imóvel pela Sead e a compensação dos valores pagos retroativos a cinco, com dois outros imóveis ocupados pela autarquia estadual, de propriedade do Estado, situados nos municípios de São Luís dos Montes Belos e Santa Helena de Goiás, onde possui postos de atendimento.

Como ressalta a Procuradora do Estado, Gerente da CCMA, Cláudia Marçal , “a celebração do referido acordo, é um demonstrativo da importância da atuação da Câmara e da aplicação das técnicas de negociação, como o Método de Harvard, aplicado no processo específico, que propõe a lógica do ‘ganha-ganha’, permitindo um resultado benéfico para todas as partes envolvidas na negociação. No caso, foram atendidos tanto o interesse específico do Estado, como do Ipasgo, além de resguardado o interesse público, que permeia todo o processo de negociação.” Destaca ainda, que “esperamos que o resultado positivo possa inspirar processos futuros, pois, é possível através dos mecanismos de conciliação e mediação construir os resultados, com desfechos mais positivos e menos onerosos.”

O Procurador do Estado Chefe da Procuradoria Setorial da Sead, Philippe Dall’Agnol, que participou das negociações, elogiou o trabalho desenvolvido, destacando a relevância dos acordos firmados no âmbito da CCMA, uma vez que permitem a célere composição dos conflitos por meio de acordos que resguardem os interesses da sociedade.

Natalia Furtado Maia, procuradora do Estado Chefe da Setorial do Ipasgo, que também participou do acordo, reforçou o trabalho positivo da CCMA, dizendo que “não é o primeiro acordo que celebramos na CCMA, já tivemos vários outros, com resultado positivo, sendo destacada a agilidade do procedimento se comparada ao período de judicialização. Desde 2019, a CCMA tem sido seara amplamente utilizada pela Procuradoria Setorial do Ipasgo para resolver administrativamente demandas de usuários do Ipasgo-Saúde que, de outra forma, acabariam sendo judicializadas”.

De acordo com a procuradora, “em muitos casos, é possível à autarquia propor soluções que atendam às necessidades dos usuários, ofertando terapêuticas e medicamentos que, não fosse a Câmara, ficariam fora de acesso aos usuários. A realização de conciliações perante a CCMA viabiliza uma situação de ganha-ganha, em que se beneficiam tanto o usuário Ipasgo, que tem suas necessidades atendidas, quanto a Administração, que reduz os custos decorrentes de uma judicialização desnecessária”.

E não só na relação entre Ipasgo e usuários a CCMA auxilia. “No início de dezembro, com o intermédio da Câmara de Conciliação, o Ipasgo conseguiu reaver da Secretaria de Saúde R$ 7 milhões de uma dívida relacionada à assistência com os radioacidentados que se prolongava desde 2002. Não se tem dúvidas dos benefícios que a atuação concertada da Administração é capaz de trazer para todos os envolvidos, e a Câmara tem se mostrado uma excelente ferramenta nesse sentido”, explica a procuradora.

Fonte: Rota Jurídica

Revista de Direito Público publica artigo de Procurador do Estado de Goiás

A Revista de Direito Público (nº 95/2020) traz em sua edição o artigo Superlotação Carcerária e Custo Penitenciário no Brasil Pós-Estado de Coisas Inconstitucional (2015-2018), de autoria do Procurador do Estado e vice-presidente da APEG, Claudiney Rocha, e do professor Robert Bonifácio.

Claudiney Rocha é Mestre em Direito e Políticas Públicas pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Robert Bonifácio é Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais e docente permanente dos Programas de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGCP) e em Direito e Políticas Públicas (PPGDP) da UFG.

O referido artigo investiga a superlotação carcerária nas unidades federadas após o estado de coisas inconstitucional declarado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na cautelar da Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 347. 

Acesse o artigo na íntegra.

APEG parabeniza Procurador Antônio Flávio, que assumirá a Procuradoria-Geral do Município de Goiânia

O vice-prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que assumiu a administração interinamente enquanto o prefeito Maguito Vilela (MDB) segue internado na UTI se recuperando de complicações da Covid-19, anunciou neste sábado (2) os nomes que vão compor o secretariado na nova gestão. O Procurador do Estado Antônio Flávio de Oliveira foi anunciado novo Procurador-Geral do Município.

“A APEG parabeniza o Procurador Antônio Flávio pela nova função e deseja êxito nas atividades à frente da Procuradoria-Geral do Município de Goiânia”, afirma a presidente da APEG, Ana Paula Guadalupe

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação

Presidente da Anape destaca em carta aos associados desafios em 2021

Em carta aos filiados, o presidente da Anape, Vicente Martins, fala sobre os principais desafios dos Procuradores do Estado e do DF em 2021, como acompanhar as campanhas de vacinação contra a Covid-19 para garantir a lisura das compras públicas e dos recursos públicos. Na mensagem, ele ressalta ainda o compromisso da entidade nas defesa das prerrogativas da carreira frente às Reformas em tramitação no Congresso Nacional que atingem o funcionalismo e impactam nos recursos da Administração Pública.

Acesse a carta aqui.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APEG | Ampli Comunicação