
MarcelloTerto e Silva
Opinião
19/02/2013
Quem matou nossos jovens
O lado individualista do homem é indicado como o maior vilão do que se sucedeu entre as 3h15min e as 3h23min da madrugada do dia 27 de janeiro, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Se considerarmos a previsibilidade dos efeitos devastadores do descaso de empresários da noite, artistas e agentes públicos que mergulharam os brasileiros na dor da perda de tantos jovens, no curso de 8 minutos, a tragédia era esperada. Mas a cadeia de responsabilidades pelas 239 mortes até aqui vai além do que se propala.
Como indivíduos, consciente ou inconscientemente, participamos da vida dos nossos contemporâneos. Daí qualquer um de nós sentir o bem-estar moral abalado pelos defeitos das bases gerais e ultrapessoais da nossa época.
Acontece que nossos jovens estão mortos também pelo conformismo que acoberta a impunidade e leva a tamanha desumanidade.
Adentrar no mérito da conveniência de projetos, recentes e antigos, de alterações da legislação sobre novos requisitos mínimos de funcionamento de ambientes multitudinários, proibição do uso de produtos pirotécnicos em ambientes fechados e punições mais severas aos infratores das normas de postura não interessa agora.
Importa que, no meio do jogo de empurras, não serão apenas as sugestões de mudanças formais que pululam pelo País o suficiente para tornar o Brasil um lugar mais seguro. A forma sem substância nada vale.
Podemos ter os melhores códigos, os melhores estatutos, as melhores leis. Nada valem, porém, se muito do que está escrito não se cumpre, ou porque as funções executivas funcionam mal, ou porque as demais funções públicas independentes e os seus órgãos de controle sucateados, atacados ou dominados por interesses políticos ou corporativos deixam de antever os problemas e preveni-los, reprimir os desvios ou levá-los à Justiça, e mesmo de julgar, quando não julgam mal e tardiamente.
Nesta tragédia, não há espaço para falsos heróis, moralismos ou promessas. A sucessão de falhas identificadas revela uma corrupção sistêmica cujo remédio é a consciência cívica impositiva de um sistema público sério, impessoal, profissionalizado, democrático e eficaz de combate dessa patologia social.
Hoje, a fiscalização está nas ruas. Como a Boate Kiss, tantas outras mostram problemas que não surgiram agora. A novidade está no conhecimento da capacidade das irregularidades produzirem infortúnios. Muitas boates, casas de shows e restaurantes estão fechados agora, e amanhã?
As irregularidades são acobertadas pela vista grossa ou cega de quem deveria zelar pela vida da população. As autoridades não enxergam por falta de continuidade de políticas públicas, de qualificação, de controle, de valorização ou mesmo de vergonha de ser corrupto. Enterra-se ou vende-se a autoridade, em meio a tanto improviso e falta de cobrança da população.
O desejo do brasileiro é ver seus filhos educados, sãos, seguros, vivos, e qualquer usurpador dessa vontade, preso ou alijado da condução dos interesses públicos. Mas se acostumou a ser representado por quem, longe de estar preparado para concretizar a vontade legítima daqueles a que serve, apropria-se do Estado para satisfazer interesses privados.
O gás tóxico é apenas parte da causa da morte dos nossos jovens. No ambiente turvo que produziu, está o vulto a responsabilidade de cada um de nós que se omitiu, que se conformou, que se desviou. Guardado o luto, fica a responsabilidade de aprendermos e mudarmos com os graves erros humanos, técnicos e sistêmicos encalacrados no coração de Santa Maria.
Marcello Terto e Silva é procurador do Estado de Goiás
e presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado

A Associação dos Procuradores do Estado de Goiás APEG comunica que a Missa de 7º dia da Sra. 


Na quinta-feira, o Procurador-Geral do Estado, Alexandre Tocantins, recebeu a presidente da APEG e os Procuradores aposentados Getúlio Targino de Lima e Raimundo Donato, para tratar dos honorários advocatícios de sucumbência, nos termos do Decreto nº 7.778, de 27.12.2012, que prevê que os honorários devidos aos aposentados serão calculados de acordo com os coeficientes indicados no seu Anexo Único. O Procurador-Geral do Estado, diante da insatisfação dos aposentados, sugeriu fosse realizada uma Assembleia Geral da categoria para discussão do tema, afirmando que a proposta aprovada na Assembleia será por ele adotada, ainda que signifique alteração do Decreto ou do seu Anexo único.
Coordenado por sua presidente, Santuzza da Costa Pereira, o Conselho Deliberativo da ANAPE esteve reunido na quarta-feira, pela primeira vez em 2013, no Centro Cultural do Conselho Federal da OAB, em Brasília. Na ocasião, os presentes, entre eles a presidente da APEG, Valentina Jungmann, definiram o cronograma das próximas reuniões. Durante os trabalhos, o Presidente Marcello Terto apresentou o relatório de prioridades e estratégias legislativas da Advocacia Pública para 2013 e das ações judiciais de interesse da ANAPE. Terto aproveitou ainda para fazer um balanço das atividades realizadas ao longo de 2012, quando anunciou que foram conquistados 77 novos filiados.
A 1ª edição do Boletim Informativo da APEG do ano de 2013 já está sendo elaborada. Trata-se de importante veículo de divulgação das atividades realizadas pela APEG e por seus associados. Na última edição do ano de 2012 aumentou-se a tiragem de 2.000 para 2.500 exemplares.
Concluídos os cálculos necessários para execução da sentença, a ação deverá ser ajuizada até o dia 8/2, já estando sendo elaborada a peça exordial, segundo informou o advogado Alexandre Iunes à presidente da APEG.
O advogado da APEG, Alexandre Iunes, comunica que já manifestou nos autos, concordando com a postulação da PGE-GO. Aguarda-se despacho da Juíza processante, no sentido de determinar a expedição das RPVs.
Segundo o Procurador-Geral do Estado informou à Presidente da APEG, aguarda-se consulta
Em cerimônia bastante concorrida realizada no CEL da OAB-GO, no último dia 28/1, a
A APEG realizou, na última quinta-feira de janeiro, o primeiro Café da Quinta do ano de 2013. No início da reunião, a presidente da APEG informou sobre a atuação da APEG em questões de interesse da categoria. Após, o Procurador aposentado Getúlio Targino de Lima fez belíssima saudação aos aniversariantes presentes Maria das Graças Almeida Borges Gracita- (2/1); José Muniz de Resende (10/1); Tomaz Aquino da Silva Júnior (11/1); Francisco Ribeiro Parrode Sobrinho (13/1) e Wagner Jonatas P. Mendonça (24/1). Além de 24 associados, prestigiaram esse Café da Quinta, o Desembargador Norival de Castro Santomé e Bruno Fleury (Segplan).
Advogados das associações e sindicados dos servidores públicos participaram da segunda
Na reunião do Conselho Deliberativo da ANAPE foi aprovada a participação da Entidade no MOSAP Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas -, criado em 1991, com o intuito de preservar, de forma planejada e coordenada, os direitos dos aposentados e pensionistas. O MOSAP congrega mais de 30 entidades como mantenedoras e outras 700 entidades federais, municipais e do Distrito Federal, considerando as Federações e Confederações, como participantes. O representante da ANAPE escolhido foi Procurador aposentado do Estado da Bahia Evandro Dias.